Viva intensamente

Romance, relacionamento, amizade e muito mais. Sentimentalismo na medida certa. Identifique-se.



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O sentido da vida

Qual o real sentido da vida? Pelo que você batalha? Qual o seu objetivo de vida?
A pergunta que mais ouço por aí é qual o meu objetivo de vida. A minha resposta sempre é a mesma: nenhum grande objetivo.
A vida é feita de inúmeros pequenos objetivos, desafios, batalhas. Quando você estabelece metas menores, que no fim vão construir a sua felicidade, você evita fracassos maiores. E muita gente pode falar: “Isso não é medo de viver?” E eu novamente respondo que não.
Basta fechar os olhos e viver um pequeno flashback. Quantas vezes você comemorou algo? Um emprego novo, uma promoção, uma nota alta na faculdade? Uma comemoração significa que você atingiu um objetivo, uma meta. Agora pense comigo: caso não tivesse sido promovido, ou não tivesse conseguido o novo emprego, o que você faria? Você tentaria de novo. Você continuaria batalhando.
Agora analise a seguinte situação: Você vive a sua vida inteira atrás de uma ilusão, às vezes conhecida como “objetivo de vida”. Quero ser médico, jogador de futebol, atriz. Quero me casar com a pessoa perfeita. Quero estudar na melhor faculdade. Meu desejo é que você realmente consiga e realize seus sonhos. Mas e se não acontecer? O que você vai fazer? Qual o seu plano B? Você vai se sentir fracassado. Você vai sentir desprezo por você mesmo. Você vai ter força pra levantar, erguer a cabeça e tentar novamente? De uma coisa eu tenho certeza: Você vai precisar de ajuda.
O meu conselho? Viva um dia de cada vez. Por mais que te digam que você deve sempre traçar uma meta, desconsidere. São as pequenas conquistas da vida que vão construir a sua índole, o seu sucesso, o seu futuro.
É simples como uma conta de dois mais dois. Pense comigo: Como você pode estabelecer um só objetivo na vida se você não experimentou nada dela? Você não sabe as pessoas que entrarão e sairão da sua vida. Você não sabe o que elas vão deixar de ensinamento pra você. Você não sabe as portas que se abrirão e as que se fecharão.
Feche os olhos, pense em algo bom, respire fundo e se deixe levar. Viva cada minuto. Respeite. Ame. Perdoe. Erre. Levante. Caia. Levante novamente. Siga em frente. Tropece. Tire a pedra do caminho. Beije. Abrace. Sinta. Fale o que tem pra falar. Acaricie. Faça caridade. Mantenha viva a esperança. Se espelhe em quem merece. Aconselhe. Dê o ombro pra que chorem. Chore. Enxugue as lágrimas. Levante de novo. São os erros que nos fazem refletir e ter vontade de recomeçar, para acertar e ser feliz.
Portanto, purifique sua alma, mantenha o respeito e a sede de vitória que, na hora certa, você reconhecerá o verdadeiro sentido da vida.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Te dou o céu amanhã

Passava das três e meia da manhã. Ele já não conseguia olhar para o lado sem se sentir arrependido. Ela dormia. Parecia flutuar em sono profundo. Ele fechara os olhos por três vezes. Não conseguira dormir. O porquê:
1 – Na primeira vez viu a família reunida, a garota chegando e se apresentando a todos como sua namorada, a vontade de desmentir, a empolgação dela, o medo de magoá-la;
2 – Na segunda vez se viu andando de mãos dadas com ela no shopping, parando para ver vitrines, levando-a para jantar fora, a vontade de dizer que tudo não passava de ilusão, o medo de magoá-la;
3 – Na terceira vez viu a garota saindo do banho, enrolada apenas em uma toalha branca que, de tão limpa, reluzia. Os cabelos pretos molhados, o corpo moreno exalando o cheiro de um tipo de óleo feito de laranja, ou quem sabe limão. Não sabia. Viu uma noite passar como se fossem minutos. Uma maravilha. Sentiu vontade de fugir. Olhou pro lado e se sentiu pela primeira vez arrependido do que fez. Novamente sentiu vontade de fugir. Sentiu medo de magoá-la.
Não fugiu, ficou. Afinal era a mulher mais bonita, inteligente e interessante que se relacionara nos últimos meses. Por que não tentar algo sério? Não se sentia pronto para responsabilidades maiores. Precisava viver, e viver não incluía relacionar-se seriamente com alguém.
Cinco e quinze da manhã ela se virou na cama ficando de frente para ele. Agora dava pra perceber. Era linda. Seus cabelos caiam no rosto, negros, cobrindo metade da sua face que passava uma impressão de uma falsa inocência provocante. Sonhava. Estava sorrindo. Provavelmente sonhava com mais um jantar ou viagem com ele. Sentiu vontade de beijá-la. Logo passou.
Sete e vinte da manhã e ele não havia dormido sequer um minuto. Olhou novamente para o rosto lindo dela. Resolveu beijá-la. Beijou-a. Na testa. Proferiu em tom de voz baixo, como se quisesse que apenas ele escutasse: “Hora de ir”. Ela levantou suas pálpebras demonstrando certo esforço. Os olhos ainda demonstravam um pouco de cansaço, estavam baixos, um pouco distante dos olhos grandes e negros como jabuticaba que apareciam em sua face angelical antes de irem para o Hotel. Levantou-se. Olhou o céu azul e o Sol que iluminava a vegetação. Deitou-se novamente.
Enquanto ele vestia suas roupas, ela, deitada apenas com a roupa que Deus lhe deu para cobrir ossos e músculos, começou a dizer:
- Posso te fazer três pedidos?
Meio assustado e ainda com sono ele responde:
- É claro!
- Eu quero você pra sempre, quero a luz das estrelas e o céu. – disse ela em tom de brincadeira.
- Infelizmente eu só posso te dar uma dessas coisas. – respondeu.
“Te dou o céu amanhã.“ Pegou suas coisas e saiu.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Eu te amo, amigo!

Esses dias parei pra analisar as pessoas que me rodeiam, amigos da faculdade, do trabalho, de infância, da época de escola e cheguei a conclusão que já não sei mais quem são os meus.
Aqueles que eu costumava deitar no ombro, que eu costumava falar besteiras, que eu virava noites relembrando fatos, rindo de qualquer coisa que parecesse engraçada em momentos de pura nostalgia.
Aqueles que eu cuidava quando estavam bêbados, trêbados ou só precisando de um conselho de irmão.
Sinto falta do que parecia ser pra sempre, do que parecia não ter começo, nem meio e nem fim.
Nós tínhamos planos, viajamos o mundo com cada sonho, freqüentamos desde os lugares mais puros até os lugares mais sujos em cada pedaço da nossa imaginação fértil.
Aproveitamos cada momento, cada sorriso, cada beijo, cada comemoração, cada lágrima e onde foi parar tudo isso? Onde foram parar todos? Enterramos todo esse castelo que construímos? Ou apenas o fechamos para inspeção? Demos o melhor de nós? Talvez não fosse necessário. Cada um sabia retirar o mínimo de especial que o outro tinha, minuciosamente, com a precisão de um cirurgião.
Talvez tudo isso esteja no ar, esperando um de nós tragarmos esse sentimento e guardar no nosso pulmão, pois se não voltar a morar no coração que fique ali do lado, pertinho.
Talvez esteja esquecido por um tempo e alguém, um dia, vai acordar e resolver ligar, falar por dez ou quinze minutos, ou quem sabe duas horas. Resolver aparecer e dar um bom dia, sem combinar nada, tomar um café, apenas se entreolhar.
Quem sabe combinar de sair, pra quem é de beber, beber, quem é de chorar, chorar. Sinto falta dos sorrisos por nada, das lágrimas sinceras nos ombros.
Alguém sabe os motivos? Por que tudo acabou? Ou será que não acabou? Dizem por aí que as verdadeiras amizades nunca se acabam. Somos verdadeiros amigos? Ou será que o que dizem é mentira? A única certeza que tenho é que quero ver todos novamente.
Sorrindo ou chorando, tristes ou felizes, cantando ou lamentando. Pra pedir desculpas se necessário for, pra consolar se necessário for, pra alegrar e animar sempre que possível.
Queria olhar de novo nos olhos de cada um de vocês e dizer: eu te amo, porque você é meu verdadeiro amigo. Porque você é você.

Rotina

Já não sei com o que estou mais insatisfeito. Creio que com a minha vida.
Estou ansioso, me sentindo derrotado. Entrei numa luta contra eu mesmo e estou perdendo.
Preciso de alguém, de um amigo, de um abraço, ou só de um desconhecido qualquer disposto a ouvir-me com imparcialidade, sem palpitar.
Preciso de tempo. Uma parte de mim implora por paz, por tranqüilidade, por algumas horas de sono profundo. A outra parte pede adrenalina, pede vivacidade, pede emoção.
Mas só tenho o meu leito, que molha com as lágrimas que rolam pelo meu rosto. Só tenho isso e a certeza que amanhã é um novo dia, talvez um velho-novo dia. Onde continuarei nessa batalha contra o meu eu, contra a rotina que me consome aos poucos.
O fim de tudo isso? A vida não costuma ser como nos contos de fada.
Vou dar o meu melhor em busca de um final feliz.