Viva intensamente

Romance, relacionamento, amizade e muito mais. Sentimentalismo na medida certa. Identifique-se.



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Só não quis te ver chorar

Sabe os dias em que eu evitei te ver? Só não quis te ver chorar.
E as noites em que preferi ficar em silêncio ao ter que te responder questões do tipo: “Você me ama”? Só não quis te ver chorar.
Não por mim.
Às vezes nem eu acho que valho uma lágrima de uma pessoa.
Enfim. Guarde suas lágrimas pra algo mais importante. Guarde para derramá-las quando o motivo for felicidade ou orgulho de si mesma. Ou apenas guarde para desperdiçá-las com alguém que mereça mais que eu.
Não que eu esteja te dizendo que nunca senti nada por você. O que quero dizer é que minhas barreiras me impedem de sentir algo mais por alguém.
Deu pra perceber o problema? Prazer, sou eu. Os constantes tombos, as inúmeras decepções e as quase imperceptíveis desilusões me fizeram essa pessoa que sou: Razão. As circunstâncias me fizeram assim, o meu passado me fez assim e agora está difícil mudar.
Estou aqui pra dizer que acima de tudo eu te admiro por ser como é, por ter suportado por tanto tempo esse meu jeito mesquinho de pensar somente em mim tentando convencê-la do contrário.
Desejo-te do fundo do meu, por enquanto congelado coração, que sejas feliz, que encontre alguém que mereça esse brilho no seu olhar e essa sua dedicação intensa.
Estou aqui pra te dizer adeus. Mesmo que te machuque temporariamente.
E acredite: o tempo tem o poder de curar as feridas.
E desculpe a minha ausência. Não quis parecer covarde.
Só não quis te ver chorar.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Eu te amo e pronto!

Onde está escrito que eu devo dizer “Eu te amo”? Quem fez disso uma regra? Tá, talvez eu a ame mas... Eu não quero. Tá bom, talvez eu não deva. Ou quem sabe sou só eu com medo de amar outra vez e sofrer novamente.
Por que eu devo dizer que te amo?
Só porque seu olhar me encanta reluzente como um farol que guia os navegantes?
Quer saber? Não to nem aí pro seu olhar. Nem pra esse papo meloso. Mentira.
Me peguei pensando em nós.
Nos domingos em que saíamos pra simplesmente andar, sentindo o Sol tocar nossas peles e aquecer o momento.
Nas noites em que simplesmente deitávamos na rede pra observar a Lua gorda, cheia, rodeada de estrelas de todas as cores.
No dia em que acordamos e eu fiquei ali, parado, no canto que divide a sala de jantar da cozinha do seu apartamento, decorando a sua geografia enquanto preparava um daqueles seus cafés fortes e cheirosos, vestida unicamente com aquela minha camisa branca preferida que me deste de aniversário dizendo que era a minha cara. Lá fora a chuva batia insistentemente no telhado produzindo um som quase que harmonioso. No rádio tocava uma das muitas versões existentes de um clássico da MPB cujo nome não me recordo.
Tudo parecia tão cinza a nossa volta. Menos a imagem de você, ali, de costas pra mim, sem perceber, no auge de sua inocência, que estava mais sexy do que nunca.
Éramos vida, simplicidade e amor. Peraí! Eu falei amor? Então vou ter que assumir: “Eu te amo e pronto”!